sexta-feira, 5 de agosto de 2011


No capítulo de quarta-feira (3), Patrícia (Thaís Fersoza) se revoltou com a grande possibilidade de o filho que espera de Francisco (Guilherme Berenguer) ser portador da Síndrome de Down. Na hora, a loira ameçou fazer um aborto, para surpresa de sua mãe, Regina (Beth Goulart), e do pai do bebê.

A reação de sua personagem já era esperada por sua intérprete, a atriz Thaís Fersoza, de 27 anos, entrevistada pelo R7.

- Pelo que estudei sobre o tema, a maioria das mães toma um susto grande mesmo. A reação da Patrícia, infelizmente, é muito comum, mais do que imaginamos, e, claro, choca as pessoas que vão ver o quanto é terrível essa discriminação com portadores de Down.

O preconceito em torno da doença vai ganhar destaque nos próximos capítulos da trama, avisa a autora, Cristianne Fridman.

- Embora não vá virar um tema ou uma campanha em Vidas em Jogo, acho importante, ao menos, trazer à baila o preconceito que algumas pessoas ainda têm em relação à Síndrome de Down.
O drama dos portadores não é novidade nas novelas. Já esteve em Coração de Estudante (Globo, 2002) - que teve Fridman como uma das autoras-colaboradas - e Páginas da Vida (Globo, 2006). Por enquanto, em Vidas em Jogo, há apenas a possibilidade, já que a novelista ainda não se decidiu.

- O filho deles nascerá após a metade da novela. Ainda temos bastante tempo até lá.

A personagem, adianta Thaís Fersoza, vai usar o bebê para tentar reatar seu relacionamento com Francisco. Com direito a chantagem e tudo.

- O Francisco é contra o aborto, diz que não é o fim do mundo ter um filho com Down. Por um tempo, ela aceita ter o bebê, mas não pelo motivos certos. Ela segue em frente para ter um vínculo com o pai da criança, ter ele sempre por perto. Mas ela vai chegar ao extremo de dizer para ele: "ou você me aceita de volta ou tiro o bebê!".
ameaça, conta Cristianne Fridman, é por pura obsessão.

- Patrícia já perdeu o Francisco e reage como uma criança mimada que não quer "dar o brinquedo" para outra criança. Ela começa a desenvolver uma obsessão doentia para afastar a Rita [Julianne Trevisol] do Francisco. Ela age motivada muito mais por esta obsessão do que pelo interesse no dinheiro do Francisco.

Mãe da "patricinha", Regina surpreende - já que elas sempre foram parceiras de maldades - e também se revela contra o aborto, explica Thaís Fersoza.

- Apesar de durona, a Regina tem um lado maternal muito forte.

A atriz considera importante a abordagem do tema na trama.

- Os portadores da doença são seres humanos muito carinhosos, inteligentes e podem, sim, ter uma vida normal. Só precisam de um pouco mais de atenção, carinho e compreensão. Espero poder ajudar as pessoas a entenderem um pouco mais sobre o assunto e se livrar do preconceito.

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